-Você já viu meu blog?
-Dá uma olhada no meu blog, por favor!
-Olha meu fotolog e faz um comentário!
Frases como estas são comuns nos dias de hoje. A febre dos blogs reafirma uma tendencia das pessoas, aumentada com as praticidades da internet, de se se buscarem reconhecimento público. Antigamente o que era segredado ao diário pessoal de uma adolescente (não esquecendo que algum adolescente também deve ter escrito o seu) era guardado sob ste chaves. Ninguém poderia saber sobre tais mistérios. A relação com o tal caderno era tão íntima que o tratamento era "querido diário". A punição a quem ousasse infringir esta regra era de fazer inveja ao talibã.
Hoje a coisa tem outra cara. O que acontece: a graça é ter um diário eletrônico, com textos, vídeos e fotos, particulares ou alheios, e que muitas pessoas entrem e comentem. O limite entre o que é um espaço íntimo e um espaço público nos blogs é muito tênue. Um jornalista da área de política em seu blog, locado no site do jornal em que trabalha, posta o salmo do dia. Quem quer o salmo vai à missa ou a um blog de política? Um adolescente que mora num morro carioca começa a postar em seu blog comentários sobre o dia a dia da vizinhança, incluindo tráfico, violência e corrupção de policiais. Quem quer saber sobre as últimas do morro mais próximo de você vai a um blog de um adolescente ou ao jornal?
Tempo para resposta...
Resposta: depende de quem escreveu o melhor texto. Essa é a era da internet: um tsunami de informações de todas as cores e tamanhos para serem consumidas em um dia que continua tendo somente vinte e quatro horas.
quinta-feira, 13 de março de 2008
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