"Web 2.0 é um termo cunhado em 2003 pela empresa estadunidense O'Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, como wikis, aplicações baseadas em folksonomia e redes sociais. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores."
O texto acima foi copiado da wikipedia e explica bem o que é a Web 2.0. Não explica? Ou não? O que acontece: depois de Rambo 2 e O Predador 2, quando se fala em Web 2, imediatamente pensamos que se trata de uma nova rede de computadores ou uma nova geração de computadores ou uma nova rede de computadores. Pois não é nada disso. Web 2.0 não é nada mais que uma série de ferramentas desenvolvidas para atender a uma nova geração de usuários.
O termo usuários é visto com maus olhos por alguns porque imediatamente remete aos usuários de drogas. Esse é um bom motivo para que eu o use. Acontece que as pessoas que cresceram acompanhando o desenvolvimento e a popularização da internet passa cada vez mais tempo navegando e transferiram para a Web o que antes se fazia nas praças, bares e restaurantes. Coisas do tipo conhecer gente e namorar. Muitos se isolaram no universo eletrônico ao ponto de se tornarem verdadeiros viciados. Ou seja: usuários.
Pessoas velhas e ultrapassadas que vêem a tecnologia com bons olhos mas dois pés atrás (como eu!) têm uma certa preocupação em relação a estas novas ferramentas. Orkut, blogs e comentários são criados (creio eu) com intenções nobres, mas não tardam a terem suas intenções desvirtuadas. A idéia destas ferramentas parece ser democratizar a liberdade dentro da Web. Mas, o que é democracia e liberdade, cara pálida?
Parece óbvio que o blog de um jornalista famoso ou o blog famoso de um jornalista tenha um filtro que corte palavras chulas e expressões fortes. Mas até que ponto isso não é podar a liberdade de alguém ao expressar sua indignação? E aí? Mais um exemplo. O Orkut, em tese, é uma ferramenta interessantíssima para localizar pessoas que você não vê há tempos e até para discutir assuntos de interesse coletivo. Mas quantas pessoas vêem assim e quantas pessoas não vêem só como mais um espaço de diversão e pornografia dentro da internet? O mesmo vale para blogs.
Não vejo o crescimento da Internet como um inimigo. Mas não posso deixar de levar em conta determinados problemas que ela trás junto. Não precisamos parar muito para lembrár-mos de crimes e casos gritantes de problemas relacionados à má utilização da "liberdade de expressão" virtual.
Dentro do universo virtual, quanto mais se fala em liberdade mais eu fico de cabelos brancos. Quando uma grande empresa cria um super sistema para democratizar a informação na internet, um garoto de 14 anos de qualquer parte do mundo, dentro do próprio quarto, cria uma forma e brincar com aquilo. E todo e qualquer sistema de segurança na Internet, só é seguro até que o mesmo menino de 14 anos resolva burlá-lo.
Democracia e liberdade de opinião na Web é relativo. Fora também.
terça-feira, 25 de março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
Blogs e mais blogs...
-Você já viu meu blog?
-Dá uma olhada no meu blog, por favor!
-Olha meu fotolog e faz um comentário!
Frases como estas são comuns nos dias de hoje. A febre dos blogs reafirma uma tendencia das pessoas, aumentada com as praticidades da internet, de se se buscarem reconhecimento público. Antigamente o que era segredado ao diário pessoal de uma adolescente (não esquecendo que algum adolescente também deve ter escrito o seu) era guardado sob ste chaves. Ninguém poderia saber sobre tais mistérios. A relação com o tal caderno era tão íntima que o tratamento era "querido diário". A punição a quem ousasse infringir esta regra era de fazer inveja ao talibã.
Hoje a coisa tem outra cara. O que acontece: a graça é ter um diário eletrônico, com textos, vídeos e fotos, particulares ou alheios, e que muitas pessoas entrem e comentem. O limite entre o que é um espaço íntimo e um espaço público nos blogs é muito tênue. Um jornalista da área de política em seu blog, locado no site do jornal em que trabalha, posta o salmo do dia. Quem quer o salmo vai à missa ou a um blog de política? Um adolescente que mora num morro carioca começa a postar em seu blog comentários sobre o dia a dia da vizinhança, incluindo tráfico, violência e corrupção de policiais. Quem quer saber sobre as últimas do morro mais próximo de você vai a um blog de um adolescente ou ao jornal?
Tempo para resposta...
Resposta: depende de quem escreveu o melhor texto. Essa é a era da internet: um tsunami de informações de todas as cores e tamanhos para serem consumidas em um dia que continua tendo somente vinte e quatro horas.
-Dá uma olhada no meu blog, por favor!
-Olha meu fotolog e faz um comentário!
Frases como estas são comuns nos dias de hoje. A febre dos blogs reafirma uma tendencia das pessoas, aumentada com as praticidades da internet, de se se buscarem reconhecimento público. Antigamente o que era segredado ao diário pessoal de uma adolescente (não esquecendo que algum adolescente também deve ter escrito o seu) era guardado sob ste chaves. Ninguém poderia saber sobre tais mistérios. A relação com o tal caderno era tão íntima que o tratamento era "querido diário". A punição a quem ousasse infringir esta regra era de fazer inveja ao talibã.
Hoje a coisa tem outra cara. O que acontece: a graça é ter um diário eletrônico, com textos, vídeos e fotos, particulares ou alheios, e que muitas pessoas entrem e comentem. O limite entre o que é um espaço íntimo e um espaço público nos blogs é muito tênue. Um jornalista da área de política em seu blog, locado no site do jornal em que trabalha, posta o salmo do dia. Quem quer o salmo vai à missa ou a um blog de política? Um adolescente que mora num morro carioca começa a postar em seu blog comentários sobre o dia a dia da vizinhança, incluindo tráfico, violência e corrupção de policiais. Quem quer saber sobre as últimas do morro mais próximo de você vai a um blog de um adolescente ou ao jornal?
Tempo para resposta...
Resposta: depende de quem escreveu o melhor texto. Essa é a era da internet: um tsunami de informações de todas as cores e tamanhos para serem consumidas em um dia que continua tendo somente vinte e quatro horas.
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